quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

A gente sai sentindo ânsia e volta todo ansiedade...




A gente vai (sinceramente) não querendo mais voltar e 30 minutos depois não pára mais de pensar na volta...

Mas a gente pensa que as coisas vão mudar... mas nada nunca muda... a gente também pensa que aprendeu, mas algumas lições são difíceis demais...

Aí a gente resolve viver, mas ninguém nasce pra ser sozinho, o ser-humano é de natureza coletiva, estuda em grupos, se alimenta em grupos, precisa se comunicar....

Aí a gente acaba repensando toda a vida, e acaba se perdendo em alguns momentos bons vividos em companhia de outros(as)... e demora demais a entender que qualquer coisa sozinho é triste demais...
Nunca é tão bom quanto seria se estivéssemos acompanhados

E não há qualquer ciência ou qualquer deus que possa explicar, dar alento ou tratamento.

Nem pra solidão, muito menos pra vontade de ter alguém...

segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

em.canto

“Nas alturas?
Da onde você tirou isso?”

Assim, do nada, sem mais nem menos.... numa terra onde mais é mais e menos é sempre menos...
Sem muitos planos, sem muitas aspirações... só tirei.... e tirar, me é muito mais simples...
Tirar de campo, tirar de dentro, tirar da cabeça....

Se existe uma fórmula mágica?
Não! Claro que não.... as maiores e mais elaboradas mágicas são apenas truques bem elaborados...
Eis a maior mágica de todas... saber que não há mágica alguma... e no fim, quando todos já foram embora, o mágico, o palhaço e a malabarista não são mais ou menos especiais que o varredor que amontoa as cascas de amendoim das arquibancadas pra juntar tudo numa lata de lixo.

Por acaso as pessoas sorriem assistindo ao espetáculo.
E o espetáculo toma proporções cada vez maiores...
Seja ela dançarina, policial, massagista, fisioterapeuta, poeta, enfermeira, jogadora de poker, sacudidora de palavras.... o espetáculo sempre é belo... e todos acabam sorrindo.

Esteja onde estiver, no bairro vizinho ou a 7000 milhas de distancia.... no fim do espetáculo todos abrem um largo sorriso.
Alguns voltam algumas vezes, outros quase nunca voltam e outros dizem que nunca mais irão embora... mas todos, indo, voltando ou sumindo, guardam a lembrança... isso é o que realmente importa... e quando a lembrança é verdadeira, é sinal de que o espetáculo realmente não acaba nunca.

E a lembrança não se apaga... a saudade não diminui... apenas acalma.... e o sorriso... o sorriso a gente não esquece...